"é o suco dessa iguaria, suco da barbatana de uma língua que cruzou os mares" - pois é caro Horacio Costa, mas aqui não é o Saramago...

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Festas e Festinhas


Começo hoje um périplo pelos Santos Populares. Afinal essas festas populares estão a começar e também elas nos acompanham desde a infância até aos dias de hoje. Muitas recordações guardamos e mais noites esperamos passar a comemorá-las.

Para um estudante universitário, oriundo da Figueira da Foz e a estudar em Lisboa, é muito difícil comemorar, quer as festividades em Lisboa, quer as festividades da sua terra natal, respectivamente, S. António e S. João, muito por causa dos exames.
Aliás, a Figueira da Foz, tem freguesias, que comemoram os 3 santos. (S. João, S. António e S. Pedro).

As festividades do Santo António já passaram e ano após ano, não há nada de novo. Muitos consideram-na a melhor noite lisboeta. É a noite em que todos saem à rua, mas também é a noite, mais susceptível a confusões, apertos e outros excessos e a verificar pelo número de ambulâncias presentes na rua, tudo continua na mesma.

Por tudo isto, talvez esta seja uma noite que gosto, mas nunca me entusiasmou em demasia. Enquanto as marchas são transmitidas na televisão, janta-se em casa com amigos, provavelmente a melhor parte da noite, pouco se liga ao que está a dar na televisão, o que interessa são mesmo os acordes de bailarico.

Saídos à rua, o percurso é o habitual. O Metro apanha-se no Campo Grande, sai-se no Rossio e prepara-se a subida ao Castelo. Esta é feita devagar, com os obrigatórios “pit-stop”, onde se recarrega as baterias e os copos. Pouco a pouco a subida é feita. Desta vez opta-se por fugir a Alfama, onde a confusão deve estar reunida e partimos para a Sé, de onde iniciamos a descida e subida (quem conhece o caminho, compreenderá) para a Bica, o ponto alto da noite.

Tudo correria bem, não fosse uma questão, que devido à sua extensão ficará para um próximo post, os transportes públicos ou se quisermos a inexistência destes.
Seja às 4h, às 5h ou às 6h, o Metro está fechado, não existem autocarros a circular, o que faz optar pela única opção viável, o táxi.
Obviamente a procura é bastante superior à oferta, o número de táxis disponíveis reduz drasticamente e os que existem estão sempre ocupados ou não.

Muitos são os taxistas que circulam, com as luzes de cima apagadas, teoricamente fora de-serviço e abordam pessoas na rua, oferecendo os ses serviços por preços que nada tem a ver com a tabela em prática. Exemplo: no Rossio sou abordado por um táxi, que me pede 30 euros para me transportar até ao Lumiar??!!!

Acredito que este exemplo, não se deve aplicar a toda a classe, mas infelizmente não deve ser único.
A ANTRAL, associação responsável pela mesma, devia estar atenta a estes episódios tristes que mancham a classe e as pessoas honestas que trabalham a sério, ao contrário de outros que procuram encher os bolsos de forma ilícita. Estas noites servem ainda para compreender que, afinal, a classe não deve ter tantas dificuldades quanto isso, afinal também são muitos, os taxistas que circulavam com as luzes apagadas e não faziam ofertas ilícitas, ou seja, não estavam mesmo de serviço. Mas estarei eu enganado ou numa noite destas, para quem tem dificuldades, não é uma oportunidade a aproveitar?

Já agora fica o número do táxi da proposta ilegal: 2708.


By Dona Barbatana

Sem comentários: