"é o suco dessa iguaria, suco da barbatana de uma língua que cruzou os mares" - pois é caro Horacio Costa, mas aqui não é o Saramago...

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Hábitos que não mudam


Ontem realizou-se o jogo pelo qual tanto esperávamos e o resultado é o mais justo, apesar de favorecer o FC. Porto.
Mas desta vez não falo sobre o jogo, mas sim, o que aconteceu antes e também durante o mesmo refiro-me ao mau comportamento da claque portista.
Vieram 32 autocarros do Porto e estacionaram perto de Telheiras, de onde partiram, escoltados por elementos da PSP.
Primeira falha: O comando da PSP de Lisboa, sabe e reconhece-o que este jogo é de alto risco e destacam 600 agentes?? (Lembro que a assistência ao jogo, foi recorde, de mais de 62 mil pessoas).
Obviamente não defendo um agente por adepto, mas este número de polícias não garante a segurança, dos adeptos “inocentes” que pretendem apenas assistir a uma boa partida de futebol.
Os primeiros confrontos entre adeptos dão-se quando a claque portista chega ao estádio, chamo a atenção, para o facto destes, terem demorado duas horas entre Telheiras e o estádio.
A entrada no estádio foi feita, acima de toda a ordem possível, empurrões, agressões e muitos adeptos portistas acabam por entrar sem bilhete no estádio.
Segunda falha: Já dento do estádio, os adeptos são colocados no 4º anel, e durante todo o jogo a violência esteve presente e as imagens falam por si. Não defendo a opção do clube lisboeta.

É altura de existirem medidas drásticas. A verdade é que as oportunidades dadas a claques e a adeptos que pretendem causar distúrbios já foram muitas. Sabe-se que o Benfica está agora estudar a hipótese de nunca mais ceder bilhetes a adeptos do Porto. Ma os adeptos da Luz, quando vão ao Norte também não são meigos. Por isso, porque não defender a impossibilidade de adeptos do Norte assistirem a jogo na Luz e vice-versa.
As claques, no modelo existente, deveriam ser banidas. Acredito que no meio, existam adeptos verdadeiros, mas paga o justo pelo pecador, como diz o ditado…
Os clubes, afectos às claques deveriam ser responsabilizados, porque na maioria dos casos, estas são apoiadas financeiramente pelos clubes
Enquanto que os adeptos que provocassem distúrbios dentro do estádio, deveriam ser prontamente identificados e banidos do futebol.


É preciso agir. Nas últimas semanas, a violência têm voltado a crescer, recentemente na Grécia, distúrbios entre adeptos do Olimpiacos e Panathinaikos levou à suspensão da Liga por 15 dias.
Não chega abrirmos inquéritos, ou ouvir a senhora comissária da PSP, dizer que estão a visionar as imagens e para quê? Para tudo ficar na mesma? Ontem alguém podia ter morrido no estádio, fosse um adulto ou uma criança, foram arremessados 8 petardos e cadeiras…
Ah é verdade, estamos em Portugal. Os nossos dirigentes, são Gilberto Madaíl e Hermínio Loureiro, ao escrever isto “caí na real…”


By Dona Barbatana

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