"é o suco dessa iguaria, suco da barbatana de uma língua que cruzou os mares" - pois é caro Horacio Costa, mas aqui não é o Saramago...

terça-feira, 10 de abril de 2007

Está mal

Este sábado no caderno de Economia do jornal Expresso, foi publicado um estudo feito por dois investigadores que compararam as escolas privadas e as escolas públicas portuguesas.
Na opinião deles as escolas privadas tem um potencial de melhoria que se situa entre os 7 e os 8%, enquanto que as escolas públicas ainda podiam melhor quase uns 50%.
As diferenças entre umas e outras são evidentes e através de uma análise dos rankings que saem no final de cada ano lectivo, nos apercebemos disso.
(Não defendo os rankings, pelo contrário, mas isso será outra conversa, para aqui, o ranking interessa apenas como um guia nada mais).

No mesmo estudo é referido algo que surpreende muita gente. Os professores do ensino privado ganham em média menos 400 euros que os professores no ensino público.
Fica desmistificada a ideia de que os professores da escola pública eram o parente pobre do “escola portuguesa”. Isto acontece em parte devido, por vezes, às baixas qualificações dos professores a leccionar nas escolas privadas. Ora quem não se lembra, da freira X que dava aulas da disciplina Y no Colégio Z? Uma prática que tem andado a cair em desuso e ainda bem (Viva à pedagogia) coisas que essas senhoras decerto pouco sabiam.
Defendem-se novas políticas para as escolas públicas, defende-se uma maior entreajuda entre elas, uma racionalização dos seus recursos, uma maior dinamização de espaços e seu aproveitamento.

Ora isto é algo que a Universidade Independente não têm feito ou melhor, têm feito, mas mal. Vejamos, um exemplo de racionalização de recursos, em certa altura da polémica chegou a ter 2 equipas reitorais e 2 grupos de docentes, duplicou tudo, mas mal como se viu, afinal ter uma aula a ser dada por dois professores deve ser algo engraçado. Maior dinamização de espaços, os alunos consideravam os corredores apertados, então tiveram que invadir a sala da reitoria e aproveitaram-na, pelas menos nas imagens, fumaram-se uns cigarros lá dentro. A maioria entreajuda surge com os anúncios de outras universidades privadas, já publicados em alguma comunicação social, a avisarem de que todos os alunos da Uni serão bem-vindos. Ora nem era de esperar outra coisa, visto que a crise toca a todos.

Ora depois de tudo isto e muito mais, a decisão do Sr. Ministro, não poderia ser outra, ainda assim mostrou coragem política em assumi-la e avançar com ela. Embora não sendo definitiva, o primeiro passo está dado, e mesmo que a Universidade não venha a fechar, algo pouco provável, a debandada que está a ser protagonizado por tantos alunos não a vai deixar muito povoada concerteza.

By Dona Barbatana

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