Sem querer colocar de lado a excelente Cozinha que o nosso país possuí, sabe bem provar outras sabores e aromas. Foi o que aconteceu no sábado passado, aquando da visita ao Restaurante Calcutá, situado na Rua do Norte, no Bairro Alto.
Pelo nome apercebemo-nos de que se trata de um restaurante indiano. Os donos provenientes do norte da Índia, são sobrinhos dos proprietários do restaurante indiano mais concorrido da capital, o Haweli Tandoori, na Graça.

O restaurante tem um espaço acolhedor, apesar de pequeno e por isso aconselhar-se a reserva, principalmente aos fins-de-semana, é agradável e está muito bem decorado. Fantásticas as portadas que dão acesso para a rua e que se abrem nos dias de mais calor, óptimo para quem gosta de estar a ver as pessoas que passam na rua. Aliás, calor, é algo que não existe dentro do restaurante, a temperatura é agradável e apropriada a este tipo de comida. Que e como veremos mais à frente, não é tão picante, como se poderia imaginar.

Com um serviço simpático e eficiente. O jantar, começou por volta das 22h. Foram servidos dois lassis de manga, bebida indiana, género de batido de iogurte leite e, neste caso manga, bastante interessante. As chamuças de frango são extraordinárias, picantes no ponto e com frango em abundância. O restaurante, tem desde os pratos vegetarianos, aos caris, passando pelos tandooris. Fez se questão de provar, um pouco de tudo, nos vegetais, os espinafres com queijo. Não sou apreciador da comida vegetariana, mas pareceu-me saboroso.
Destaque para o caril de gambas à moda de Goa, com leite de coco. Muito saboroso, o molho faz um excelente acompanhamento com o arroz basmati, escolhido para acompanhar a refeição. Para além do arroz, provamos o garlic nan, um género de pão de alho, mas feito em massa de pizza.
O tandoori, é uma peça tradicional indiana e é nestas peças de barro, onde são servidas estas refeições. Comeu-se o Tandoori de frango e o de cabrito. Pequenas peças de ambos os animais, servidos sob cebola e pimentos verdes fritos, com um tempero segredo, que faz lembrar corante vermelho. É espectacular, a carne muito tenra e saborosa, é deliciosa.
A acompanhar toda esta refeição, optou-se por um Mateus Rose, sobretudo pela frescura e um ligeiro toque adocicado que combinava bem com os sabores indianos.
No fim, provou-se a cerveja Cobra. Tipicamente indiana, esta cerveja, destaca-se das outras pelos seus constituintes, que, além da cevada, inclui também arroz, entre outros. Recomenda-se.
Para sobremesa, experimentou-se a especialidade indiana Bebinka, um doce com 7 camadas, que fez lembrar a alguns, o doce de São Rodrigo do Algarve. Terminámos à 1h.


A carta de vinhos, não é nada de especial, está dividida por regiões e tem cerca de 3 / 4 ofertas por região., com predominância dos tintos sobre os brancos.


Não existe nenhum defeito a apontar, contrariamente ao que tinha lido e dizia que nos dias mais movimentados a qualidade da comida diminuía, posso garantir, que era meia-noite e ainda se serviam refeições.
Aconselho ainda no final da refeição, a pedirem o shot da casa. Vão ver que não se arrependem.

Um restaurante a não perder, para quem quer provar novos sabores ou para quem já conhece e quer simplesmente repetir.

By Dona Barbatana